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terça-feira, 23 de janeiro de 2024

A Bênção da Graça Abundante e o Perigo do Orgulho Espiritual

O Poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza         

A Palavra de Deus deve ser o nosso espelho; devemos olhá-la sincera e francamente. Deixemos que a Palavra de Deus atue como uma radioscopia, e que os raios, incidindo sobre nós, mostrem o seu real julgamento. Assim, permitimos que o Espírito Santo estanque o mal e haja cura interior. Dessa forma, podemos enfrentar as tempestades da vida com a convicção de que possuímos um poderoso suprimento de riquezas depositado para o nosso uso, proporcionando que as raízes de nosso viver cheguem bem fundo, até alcançar os vitais lençóis de água viva, que nos darão a necessária persistência para a hora da provação. Não devemos negar a Palavra do Espírito, trocando-a pelos conceitos humanos.

            Nestes dias calamitosos, há muitos corações confusos. Eles tentam encontrar uma solução rápida e fácil; ignorando os preceitos divinos, sua paciência, sua infinita sabedoria e o intenso cuidado como Pai celestial pelos filhos. Os homens buscam o auxílio dos outros homens e, nada encontrando, buscam as forças do mal, envolvendo-se nas malhas do maligno. Entretanto, a Palavra de Deus, que não falha, nos afirma que Satanás é um inimigo derrotado. O Senhor Jesus Cristo o derrotou na cruz do Calvário, morrendo em nosso lugar. Não existe maior amor do que este. Os que dão crédito à mentira e ao engano são adeptos do adversário que é chamado pai da mentira. As armadilhas começam com o descrédito à Bíblia, a crítica à verdadeira obra da Palavra e do Espírito. Para onde iremos nós, Senhor, bradavam angustiados os discípulos, se só tu tens palavras de vida eterna? Sim, amado, para onde iremos? Somente Ele dá paz, sossego, tranquilidade e perdão completo de todas as nossas faltas.

            “Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” – Romanos 8:1.

            O livramento dos males do presente século vem através de uma só pessoa: Jesus Cristo, o único Senhor e Salvador. Felizes são os que NELE confiam. Não devemos exigir do Senhor um dilúvio de emoções. Não nos aproximemos dele com um juízo previamente formado a respeito daquilo que desejamos e determinamos, porque Deus sabe melhor do que nós, o que nos deve dar. Aceitemos mansamente o que Ele julgar melhor. Paulo teve tão admiráveis manifestações de coisas espirituais, que necessitou de um espinho na carne para não se exaltar e entender que em tudo devia dar graças.

Em II Coríntios 12, o apóstolo Paulo narra sua forte experiência nesse sentido. Nos versículos 1-6, ele diz que Deus o levou ao terceiro céu, deu-lhe visões e revelou-lhe o mistério da Sua vontade e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir. No versículo 7, lemos: “E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte”. Paulo, por três vezes, orou a Deus, pedindo-lhe que tirasse aquilo, ao que Deus lhe respondeu: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Graça abundante na fraqueza não é esperar que o Senhor tire o espinho da carne, e sim que aumente a comunhão com Ele – o transbordar de graça. Que glória! Paulo reconheceu então que quando era fraco, aí é que era forte, pois o poder de Deus podia operar nele (versículo 10), vivendo inteiramente na dependência de Deus.

            O Senhor nos livre do orgulho espiritual e da exaltação e satisfação do ego.

            O crente ególatra é habitado pela carne e pelo Espírito, e nunca permite a plenitude do Espírito. A vida do “eu” protesta clamorosamente contra a plenitude do Espírito da Palavra e se opõe à inteira submissão de nossa vida ao Senhor. O egoísmo é a fortaleza da carne. O que o Espírito mais deseja é aquilo ao que a carne mais resiste. Permitamos, de uma vez para sempre, amados, que a selvagem, perturbadora e apaixonada resistência do “eu”, seja esmagada pela mão poderosa do Senhor Jesus.

            Que maravilhoso será o dia em que, compungidos pelo Espírito da Palavra, pudermos dar o seguinte brado de vitória, despojando o Ego de sua posição de domínio: “Senhor Jesus, eu abraço a tua vontade para sempre, renunciando a todos os meus planos e propósitos, todos os meus desejos e esperanças. Leva de mim tudo o que precisares. Manda-me o que desejares que venha. Conduza-me para onde quiseres. Revela-me tudo o que achares que eu deva abandonar, capacitando-me para a ação da vitória. Eis-me presente para fazer a Tua vontade que conheço e não ultrapassar os limites da Tua poderosa Palavra que é perfeita e suficiente. Amém!”

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