Extraído do Livro MENSAGENS REVELADAS - Volume 4 - Pág: 41
- Bispo Emir Castro de Macedo
JESUS CRISTO, A NOSSA
PÁSCOA
Segundo o
pensamento do autor, existem duas Páscoas: A comercial, envolvendo os
órgãos de comunicação social. Os interesses são da terra, e, por ser uma
Páscoa comercial, interessa as indústrias de material diverso alusivo à
data. Contudo, lendo Lucas 22 ao 27 e João 13, entendemos o que
foi realmente a Páscoa dos judeus: saída do povo de Israel do Egito. Em Êxodo
12, o Senhor fala da morte dos primogênitos de toda a terra do Egito.
Somente na terra de Gósen, uma possessão separada para o povo escravo –
povo israelita que estava na escravidão do Egito – não houve morte. O
SENHOR fez um alerta para que matassem o cordeiro, o comessem com ervas
amargas e colocassem o seu sangue nas vergas das portas. E à meia-noite,
o anjo do Senhor passou e, vendo aquela marca de sangue, não chegava até
ali. Contudo, todos os primogênitos de animais e todos os primogênitos
dos egípcios foram mortos naquela noite. Isto foi o princípio de uma
caminhada, de uma peregrinação do Egito para a terra de Canaã, a terra que o
Senhor havia prometido a Moisés, terra que mana leite e mel. E assim o povo
saiu.
E nessa
época, em que Cristo estava se preparando para realmente comemorar a
Páscoa que seria a última com os seus discípulos, 1.500 anos haviam se
passado. Milhares e milhares de cordeiros haviam sido mortos. Mas a
Palavra nos diz que todo esse culto que vinha como justiça dos homens,
subia como trapo de imundície diante de Deus. Então, em tudo o que o
homem procurava fazer e na maneira que cultuava a Deus havia sempre o
interesse. Era sempre o pior, o cordeiro não era a primícia, e nem o
melhor. Deus, então, não recebia, porque chegava diante dele como trapo
de imundície. Recebendo dos homens durante todos estes anos, trapo de
imundície, Ele resolve parar tudo isso e envia o melhor para o povo, o
Seu Filho Primogênito e Unigênito, Aquele que adoramos.
Antes da
oferta do incenso, da queima do incenso, ouvia-se o som da trombeta, e
cada um dos israelitas matava o seu próprio cordeiro. Então, podemos
observar a quantidade, os milhares de cordeiros que foram imolados
durante todo aquele tempo. Assim era a Páscoa.
A Palavra
afirma que Jesus sabia que era chegada a sua hora de passar deste mundo
para o Pai. Isto é uma alegria para a Igreja, porque assim como o Senhor
fala que chegou a sua hora de passar deste mundo para o Pai, está
chegando o momento de a Igreja deixar este mundo e passar também para o
Pai. A Igreja de Jesus vai ser arrebatada! O Senhor Jesus não foi antes
e nem depois; ninguém poderia tocá-lo antes e nem depois. Era na hora
certa, pois ninguém pode tocar na vida dos salvos. Os salvos do Senhor
não morrem de véspera ou na véspera, já têm a hora certa para partir. O
Senhor sabe todas as coisas e eu creio que a igreja presente tem a sua
hora, e esta hora está muito próxima; será muito breve o arrebatamento
dos salvos. A igreja de Jesus vai para o seio do Pai.
O Senhor
manda os discípulos prepararem o lugar para a Páscoa que seria a última,
porque era a hora apropriada para que fosse oferecido o Cordeiro de Deus
que João Batista anunciara às margens do Jordão, quando Jesus apareceu: “Eis
o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” – João
1:29. Também posso fazer uso das palavras de João Batista e dizer
para cada um dos leitores: “Eis aí o Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo”. Por que posso falar dessa maneira? Porque Ele é
que nos garante, e nos garantiu, que estaria conosco todos os dias até a
consumação dos séculos. Ele está presente, e a morte passa porque a vida
chega. Há um novo ânimo no nosso íntimo, no nosso interior.
Então a
morte de Jesus foi o cumprimento da Páscoa. A morte de Jesus foi para os
pecadores de todos os tempos. Tem chegado a cada um de nós que também
somos pecadores e Ele veio para os pecadores, veio para salvá-los. Então
essa Páscoa cessou, era uma Páscoa figurada, era uma Páscoa legal e ela
cessa quando Jesus chega e se oferece por nós. Não mais milhares e milhares
de cordeiros, mas um só, o Cordeiro de Deus. Um só, não mandado pelo
homem, mas enviado por Deus – como lemos em João 3:16 – que nos
amou de tal maneira que enviou o Seu Filho Unigênito, isto é, o único
gerado por Ele, Deus. Esse Jesus, como homem não teve pai, e como Deus
não teve mãe, porque Ele e o Pai são uma só pessoa.
O Senhor
ordenou a Pedro e a João, mais ou menos a uma e meia da tarde, que
fossem à cidade e ali, no centro da cidade, encontrariam um homem com um
cântaro d'água. Deveriam seguir aquele homem e quando este chegasse no
aposento, no cenáculo, perguntassem a ele onde o Mestre deveria
comemorar a Páscoa com seus discípulos. Já aí está um milagre. Se lermos
a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, veremos que não era costume dos
judeus, dos homens daquela época, andar com um cântaro d'água. Eram as
mulheres. Dessa vez, porém, foi diferente. O Senhor mandou que
encontrassem um homem. Ele providenciou que um homem estivesse naquele
momento com um cântaro de água sobre os ombros para uma ocasião
especial.
A Páscoa
comercial se identifica com a legalista – Morte de milhares de animais.
Contudo, a última Páscoa a que o Senhor compareceu, é diferente. Ali não
foi a Páscoa para os judeus que continuaram a matança de animais durante
quarenta anos sem respaldo bíblico. Deus não aceitava mais coisa alguma.
Agora não eram milhares e milhares de cordeiros; isso já havia chegado
como trapo de imundície diante dele. Agora, o Senhor estava recebendo
o que Ele enviou: o melhor. E o melhor para nós é JESUS, a quem
glorificamos.
À
meia-noite dessa Páscoa, na saída do povo do Egito para Canaã, houve
matança de primogênitos; mas, agora, na nossa Páscoa, a Ceia do Senhor,
à meia-noite, Ele, o Senhor, enviará o Seu Primogênito para nos receber
entre nuvens! – Mateus 25. Na proximidade da meia-noite,
testemunhamos a mortandade, os assassinatos, as drogas consumindo a
humanidade. A igreja de Jesus está cada vez mais apertadinha neste
“mundinho”, e é bom que esteja. O cerco se fecha; o caminho se torna
cada vez mais estreito. Então, vai haver um momento em que você vai
desejar andar e não vai haver mais lugar para você aqui. Quando você der
o último passo aqui, não encontrará terra, mas estará colocando o
seu pé entre nuvens com Ele, Jesus. Você está aguardando o arrebatamento
da Igreja?
Vamos
imaginar aquele momento da Palavra. O Senhor reunido com os seus
discípulos. Vamos analisar esta última Páscoa; primeira e última ceia. É
a figura, o figurado, o tipo, aquilo que representava o que Deus ia
fazer enviando Seu Filho. Então, a representação, o exemplo, o tipo
cessam, e o real entra em evidência. E o real é Aquele que adoramos,
Aquele que nos salvou: o Cordeiro Pascal, o Cordeiro de Deus! A páscoa
comercial pode arranjar coelho com ovos (Aliás, eu nunca vi coelhos pôr
ovos, mas como na mentira e no comércio tudo é possível, que fiquem eles
com o coelho com ovos). Para mim, ovo é de ave; de galinha, ou outro
animal, nunca um coelho. A galinha é um símbolo interessante, porque
quando o Senhor estava em Betfagé e ia entrar em Jerusalém, chorando
sobre ela, disse: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e
apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar
os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo
das asas, e vós não o quisestes!” – Lucas 13:34.
Mas a
Igreja está percebendo que o dia da visitação do Senhor está chegando.
Estamos ainda no estado embrionário. Se querem falar em ovo de coelho,
nós estamos falando na galinha. Naquele que se relacionou com a galinha.
Então podemos nos relacionar também com ovos. O ovo debaixo das asas da
galinha vai tendo vida no interior, como estamos cada vez mais vivos
debaixo das asas do Onipotente. É só lermos no Salmo 91 e ver a
segurança de estar debaixo das asas do Onipotente. O ovo, eu até creio,
é o início de uma vida; está debaixo das asas; está recebendo uma vida,
está ali, mas está dentro da casca – Jesus é a vida! Essa casca vai ser
quebrada e vai desaparecer, mas do lado de dentro vai sair um corpo
incorruptível e imortal, um corpo de carne e de osso, mas sem sangue
porque no lugar do sangue estará o Espírito de vida desta Palavra dentro
de vós, semelhante ao de Jesus, quando se apresentou no cenáculo e o
duvidoso Tomé tocou nas marcas de suas chagas. E o Senhor então falou:
“Ora, um espírito não tem osso, não tem carne, mas olha aqui, toca nas
minhas chagas e veja; Eu estou assim”.
Então,
carne e sangue não herdam o reino de Deus. Mas a vida estará na carne
transformada em um corpo incorruptível, imortal; e essa vida é a do
Espírito da Palavra, como lemos em Ezequiel 37. Seremos semelhantes a
Ele. E a Bíblia diz que nós O conheceremos como Ele nos conhece. Imagine
participar dessa plenitude divina! É algo glorioso! Você está esperando
a volta do Senhor? Continue mantendo a comunhão com Ele e diga
sempre: “O Senhor é melhor do que tudo e deve ser antes de tudo para
nós”!
Antes da
Páscoa, o Senhor se reuniu com seus discípulos à mesa. Vamos aqui fazer
uma comparação da páscoa deste mundo com a verdadeira Páscoa, que é a
Ceia do Senhor. Nessa páscoa comercial, os grandes são servidos pelos
pequenos. Alguém é menor. Alguém é empregado e trabalha para que o
alimento chegue à mesa. E alguém está esperando para ser servido. Na nossa
Páscoa, não; nela, os pequenos estão assentados e o Maior dos maiores, o
Senhor dos senhores, o Leão da Tribo de Judá, o que seria morto e
ressurgiria, Aquele que é o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Último, é
que vai servir. É Ele que está nos servindo neste momento e serve o que
é melhor; confirmando sempre que o reino de Deus não vem com visível
aparência ou aparência exterior, e sim que está dentro de nós.
É Ele quem
serve. Agora imagine o privilégio de ser servido pelo Senhor! Mas os que
estavam ali eram indignos. Vinte e quatro horas depois, o corpo de Jesus
estaria na sepultura, e eles começavam a discutir sobre quem seria o
maior. É hora de erguer a cabeça; é hora de ter comunhão com Aquele que
está à destra da majestade divina, como lemos no Livro de Hebreus 1.
É hora dessa comunhão, porque o que nós lemos aqui é muito diferente
do que nós temos visto por aí. O evangelho do Senhor é: simplicidade e
humildade.
Caro
leitor, a Palavra não pode ser misturada, e o diabo faz tudo para
misturá-la neste tempo do fim. Eu posso construir uma casa, como já
construí; deixo para os meus filhos. Amanhã, o Senhor pode me levar e a
casa fica para os meus filhos; continua tudo normal. Um professor pode
dar aula para um aluno; o aluno passa por aquele tempo de ensino; se é o
ensino fundamental, ele passa e vai continuar os seus estudos no ensino
médio; o professor fica para trás e ele pode ser até mais do que aquele
professor. Contudo, não é assim com a obra de Deus; não é assim com
Jesus; é João 15:5 – Sem Ele nada podemos fazer. Ele é; Ele era e Ele
será sempre o Senhor! Ele é o princípio e Ele nos amou no princípio: “amou
os seus discípulos que estavam no mundo; amou-os até o fim”. Ele
quer amar a cada um de nós até o momento final da nossa permanência aqui
na terra, até o fim.
Tudo
passa, amados – os presidentes, os Césares, os grandes. Tudo passa, mas
a Palavra de Deus não chegou até nós para passar. Ela chegou para ficar.
Querido leitor, você tem essa Palavra no coração? Usando as palavras de
Davi, diga ao Senhor: “Guardo no coração as tuas Palavras para não
pecar contra ti” – Salmos 119:11. “Lâmpada para os
meus pés é a tua Palavra e luz, para os meus caminhos” –
Salmos 119:105.
Querido
leitor, você está nesse caminho, com essa luz e com essa lâmpada?
O Senhor
estava então ali, assentado à mesa com os seus discípulos. Era chegada a
hora de passar deste mundo para o Pai. Jesus disse: “Toda a
autoridade me foi dada no céu e na terra” – Mateus 28:18; Ele é o
Todo-Poderoso. Mas um Deus que sai da sua glória e vem passar trinta e
três anos e alguns meses aqui na terra como homem. Nenhum dos quatro
Evangelhos fala da data do nascimento de Jesus, mas afirma que Ele foi
morto; os quatro falam da Páscoa. Então, Ele é o nosso Cordeiro Pascal.
Depois de
Cristo, os israelitas continuaram, sem a aprovação de Deus, durante
quarenta anos, a fazer aquele culto de regras exteriores. Contudo, no
ano setenta, quarenta anos depois disto, o general romano Vespasiano
invade a Galileia e vai para Jerusalém, faz o cerco da cidade para
invadi-la. Então, de repente, ele é aclamado imperador pelas forças
pretorianas. Ele teve que voltar para Roma assumir o seu lugar no
império e deixou a invasão de Jerusalém a cargo do seu filho, general
Tito. Foi uma carnificina. Diz a história que o sangue dos sacerdotes
escorria por baixo das portas, no limiar dos portais do templo. É o que
eles pediram: “Caia sobre nós o Seu sangue”.
Amados, as
pessoas falam de uma páscoa modificada, num sentido comercial; muitos se
movimentam para essa páscoa, mas a igreja de Jesus, aquela da qual Ele
disse: “A minha casa será chamada casa de oração”, é
pentecostal porque foi fundada no dia de Pentecostes, e é Vida Nova
porque Ele faz novas todas as coisas – Apocalipse 21:5.
A Páscoa
tem uma data marcada. A Páscoa é uma vez por ano. Em relação à Ceia do
Senhor, a ordem dele é: “Fazei isso, todas as vezes que o
beberdes, em memória de mim.” – I Coríntios 11:25. Bendito o nome do
Senhor! A Páscoa era uma repetição de matança de cordeiros. Mas a Ceia
do Senhor é em memória dele; do que Ele já fez.
E enviou o
Espírito Santo para convencer o mundo do pecado e o maior pecado a ser
reconhecido é o horror do Calvário. É ver o Deus eterno crucificado,
inchado, machucado, maltratado pelo pecador. Quando olhamos para o
Calvário, sentimos o horror do que éramos e que o Senhor tomou em nosso
lugar. Negar esse Senhor como Salvador é blasfemar contra o Espírito
Santo que veio para convencer do pecado. Pedro, mais tarde, falaria
sobre esse pecado, em Atos dos Apóstolos, capítulo 3,
dizendo que eles traíram, negaram e mataram o Autor da vida quando
Pilatos queria soltá-lo. Após curar um coxo, Pedro diz ao povo: “Não
fomos nós; não foi por nossa santidade ou por nossas virtudes; foi Ele,
Jesus, a quem vós crucificastes. Mas arrependei-vos, para que sejam
cancelados os vossos pecados e chegue até vós o tempo do refrigério do
Senhor!”
Aqueles
discípulos, apesar de indignos, não foram excluídos. Vendo e sabendo que
o diabo estava trabalhando em Judas Iscariotes para traí-lo, Jesus
continuava tranquilo, em comunhão com Deus, para cumprir a missão de nos
salvar.
Se, na
igreja, alguém nos entristece, nossa reação é nos afastar daquela
pessoa? Se o pastor fala algo que nos desagrada, nossa vontade é não
voltar lá. E Jesus? Os discípulos estavam discutindo sobre quem seria o
maior. Ele era o maior e se fez menor. Tirou o sobretudo e, tomando uma
toalha, cinge-se e vai aos discípulos que estão discutindo. Ele se
abaixa, passa os olhos pela cabeça e pelo coração. Seus olhos eram
puros, inocentes, e que iriam confirmar o que a Bíblia diz: “Se os
teus olhos forem bons, todo o seu corpo será luminoso”. Nosso
corpo se torna luminoso porque Jesus, passando os olhos sobre aquele
corpo, foi até os pés e disse: “É só os pés; o corpo não, já está
lavado”. O nosso corpo é luminoso. Ele faz de nós o corpo dele. Ele é a
cabeça.
Ele não
parou a obra redentora em virtude de uma traição. Você não pode parar a
sua caminhada por causa de um problema no lar, no trabalho, na igreja,
de saúde, porque a caminhada dos salvos deve ser conforme lemos em Provérbios
4:18 – “... como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até
ser dia perfeito”.
Enquanto o
Senhor me der vida e saúde, vou falar do Seu amor, desse nome glorioso.
Nada pode me parar. Ele me lavou os pés e não lavou com água escaldante,
com água fervendo. Ele não lavou com ira. Ele lavou com amor, com
ternura. Nem lavou com água gelada – rigidez, dureza de coração – Ele
lavou com água viva. Com aquelas águas do Salmo 23, das quais
Davi disse: “Leva-me para junto das águas de descanso, águas
tranquilas, por amor do seu nome”.
Espero,
querido leitor, que esteja sentindo essa bondade do Senhor, essa
comunhão com o Senhor. Ele está abençoando o seu lar, o seu trabalho e a
sua saúde. Ele está renovando você!
Jesus
disse: “Aprendei de mim porque sou manso e humilde de coração
e encontrareis descanso para as vossas almas”. Jesus humilhou-se até
o último grau sem perder coisa alguma. Ele é, era e será sempre o Único
Deus! O verdadeiro Deus, o Único Salvador! Profissão: Carpinteiro.
Nascimento: num cocho ou manjedoura, em uma estrebaria. Mas não deixou
de ser o Deus Eterno, o Salvador. Bendito o nome do Senhor! E disse
Jesus, depois que lavou os pés e tomou as suas vestes e se assentou
outra vez à mesa: “Entendei o que vos tenho feito? Vós me chamais
Mestre e Senhor e dizeis bem porque Eu sou”. Mas é o Mestre e Senhor
que está servindo.
Lembro-me
de uma passagem do grande corso francês, Napoleão Bonaparte. O homem que
colocou sobre a própria cabeça a coroa de imperador. Dominou quase todo
o mundo da sua época. Contudo, começou a perder a guerra contra a
Rússia; o inverno russo o destruiu. E no seu último exílio na Ilha de
Santa Helena, reunido com a família, ele pede a um dos seus sobrinhos
que leia a história da sua vida, falando das campanhas. Napoleão começa
a chorar e diz:
“Pegue
a Bíblia e leia o Sermão da Montanha.”
Quando o
seu sobrinho acaba de ler, ele exclama:
“Ah!
Eu, Saladino e os Césares, fundamos um império fazendo
correr o sangue alheio. Não viemos para
servir, mas para sermos servidos.
Esse Jesus, o imortal, Deus eterno, não veio para ser
servido, mas para servir. Fundou seu reinado,
não fazendo correr o sangue
de quem quer que seja, mas derramando o Seu próprio
sangue. E agora eu estou aqui derrotado, mas
Ele, vitorioso e entronizado
em glória.”
O Espírito
Santo foi enviado por Ele para convencer do pecado. Entendemos que o
maior pecado é o horror do Calvário. É Ele estar crucificado e você
tendo a consciência de que era você que tinha de estar ali. Ele tomou o
seu lugar. Ele carregou o pecado. Ele carregou o nosso estado de morte e
nos deu a vida de justiça, porque a justiça está num nome. O Único Justo
é Jesus, e só nele adquirimos essa justiça.
Ele é o
Juiz que condenou o pecado com o seu salário, a morte. Após bater o
martelo da condenação, desce e toma o lugar do pecador condenado,
morrendo em seu lugar, dando-lhe sua vida e absolvição. Que grande amor
e Graça!
Bispo
Emir Castro de Macedo