Extraído do Livro Quando o Espírito Santo fala - Volume 03 - Pág: 11
- Bispo Emir Castro de Macedo
REFLEXÃO
Esta é uma mensagem revelada e está escrita no livro da Revelação: o Apocalipse. Em virtude de sua profundidade, da bênção, da graça e do poder que nela encontramos, precisamos estar num espírito de adoração para entendê-la. Então, convido a você, querido leitor, neste momento a se colocar em um espírito de adoração de maneira que nada lhe faça perder a sequência daquilo que o Espírito tem para cada um de nós.
A visão do livro com os sete selos e a do cordeiro. Procuraremos entender a respeito do Leão da tribo de Judá e do Cordeiro de Deus, porque o que se lê no versículo 5, sobre o Leão da Tribo de Judá, d’Aquele que é a raiz de Davi, e no versículo 6, está escrito a respeito do Cordeiro como tendo sido morto, de maneira que o Cordeiro deste versículo, é o mesmo Leão do versículo 5. É a ação de Jesus como o Leão da Tribo de Judá e a sua ação como Cordeiro de Deus. Para isso é necessário entender para que possamos fazer uma relação do que é físico e do que é espiritual.
No mundo animal nós conhecemos o leão como um animal feroz. Ele é tido como o rei dos animais, pela força, pela autoridade que exerce nas selvas. Não há quem possa suplantá-lo. A sua ferocidade é reconhecida no mundo animal e porque não dizer também diante dos homens. O cordeiro é o outro lado, pela sua simplicidade e mansidão. O cordeiro dá ideia daquilo que é novinho, novo. A Bíblia tem o cuidado de não anunciar Jesus como carneiro, mas como cordeiro. O cordeiro é diferente de todos os animais. Todos na hora da morte têm a sua reação contrária. O cabrito berra, as aves se debatem; o cordeiro não. Quando é levado ao matadouro, ele apenas chora. Então, é muito importante para nós distinguirmos essa diferença entre o Cordeiro e o Leão da tribo de Judá.
Porém, João, na Ilha de Patmos, depois de tantas experiências, tais como o recebimento das cartas às Igrejas da Ásia Menor, quando o Senhor lhe fala sobre as fases da Igreja e depois da última fase da Igreja (que é a Igreja de Laodicéia – a Igreja final) que não é quente e nem fria, é morna. Uma igreja que o Senhor Jesus descreve do perigo da posição que ela ocupa; uma posição de muro, de divisa. A mesma posição que o profeta Elias alertou o povo de Deus no Monte Carmelo, quando estava sofrendo debaixo das pragas, debaixo do juízo de Deus em virtude da falta de chuva, durante três anos e meio. Elias diz para o povo: “... Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o...” – 1 Reis 18:21.
Elias sentia naquela época a descaracterização do verdadeiro Deus, uma obra sutil, enganadora (que é a mesma que João teve a revelação) como a do livro de Apocalipse sobre a Igreja de Laodiceia. Mas para se chegar a esta Igreja, lemos as diversas fases da Igreja, sendo a primeira carta à primeira Igreja – Éfeso. O Senhor reclama que ela estava bem, exceto numa coisa: que havia perdido o primeiro amor. A outra, o Senhor vê uma movimentação muito grande e diz a respeito dela que todos sentem, tem ela como uma Igreja viva, porém para Ele está morta. Não entende que o reino de Deus não vem com visível aparência, ou aparência exterior, o reino de Deus se processa dentro do coração, dentro de nós. E foi assim, até que João, numa comunhão mais íntima com Deus, ouve o Senhor lhe falar: “João sobe para aqui. Venha para cá!” (grifo nosso). E imediatamente ele se achou no céu. É assim que está para acontecer com a Igreja! Será num relance tão rápido, que de repente, pensamos que estamos aqui, mas já vamos nos achar entre nuvens com Ele. A Igreja de Jesus está para ser arrebatada! Mas para comentarmos a respeito desta visão, desta revelação, seria impossível não comentar do grande conflito existente nesse tempo que estamos atravessando, que é o tempo do fim.
É claro que muitos não estão percebendo. Lutam, brigam por aquilo que está em baixo. Morrem por aquilo que é da terra e acabam na terra e bem para baixo onde está o lago de fogo. Mas a Igreja de Jesus, ela está nessa comunhão que João estava, íntima, contínua. E há necessidade dessa comunhão. Você está aguardando este momento? Há um conflito neste tempo do fim. Todos nós sabemos que o salário do pecado é a morte; e porque então a Igreja de Jesus está passando como todo o povo por um grande conflito? São lutas. Será que o povo de Deus não está entendendo que o Senhor deixou escrito na sua advertência: “... no mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” – João 16:33. Ele é o grande vencedor. Então é tirarmos os olhos daquilo que é desse grande conflito, dessas aflições da terra e olharmos firmemente para Ele, que é a solução para todas as aflições porque a Igreja desfruta dessa promessa: “Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de todas o livra.” – Salmos 34:19. Não livrou até hoje? Aguarde! É só entender a palavra com os seus exemplos. Na família, Marta e Maria, lá em Betânia, mandaram falar com o Senhor, anunciaram do mal que estava sobre o seu irmão Lázaro. O Senhor demorou um pouco e elas perderam a esperança. Veio a morte e então o Senhor apareceu. E o desânimo era total. Agora não adianta mais porque já é morto de quatro dias, está com mau cheiro, podre.
Querido leitor, NÃO DESANIME! A palavra diz: “Tende bom ânimo!” Quando algo nos parece demorado, você precisa crer que a bênção está sendo preparada de uma maneira muito mais gloriosa para que você a receba. O milagre será muito maior. Eu me lembro de uma irmã em Santos Dumont – MG, portadora de um câncer. Orou. No final, não havendo outro jeito (se operasse morreria, se não operasse, também), “então vamos tentar a operação”, diziam os médicos. Havia pedido a sua irmã que cuidasse da sua filhinha pequena, pensando em partir. Mas uns dias antes da cirurgia, num culto, o Senhor nos revelou a sua cura. E oramos por ela. Uns três a quatro dias depois, se internou, foi para a sala de cirurgia, recebeu a anestesia. Quando os médicos foram fazer as últimas ultrassonografias para olhar por onde começar a extirpação do mal que já estava se enraizando, levaram algum tempo olhando sem entender; não havia mais nada. E aquela tarde foi uma terça-feira, e ela apareceu nessa mesma terça-feira à frente do púlpito, ainda segura pela irmã que é esposa do Pastor, dava o testemunho na Igreja. Na semana seguinte os médicos mandaram chamá-la para uma bateria de exames; não estavam conformados. Chamaram outros médicos, examinaram as radiografias e exames de antes, o câncer estava ali. Novamente mais exames e no final: “É! Se nós não acreditávamos em milagre, agora somos obrigados a crer. O milagre aconteceu. Pode ir embora, não há nada a fazer”. E ela está bem. O milagre vai acontecer também em você!
Há um grande conflito e todos têm uma participação nele em virtude da atividade do diabo nesse planeta enfermo que é a Terra, em todos os sentidos da criação. O diabo afetou o que era de mais puro no homem; a vida, a comunhão, a criação segundo a imagem e semelhança de Deus e pelo espírito de rebelião, que lhe é peculiar, de que ele é mestre nisso. Conseguiu fazer também com que a rebelião chegasse ao primeiro homem e há seis mil anos que a humanidade sofre esse conflito em virtude da queda. Mas Deus não abandonou o homem.
O Senhor na criação é o Grande Leão.
Adverte: o diabo está em derredor de nós, aproveitando, querendo devorar a quem possa encontrar. Isto é, encontrar uma brecha nesse grande conflito para dar o seu golpe e pensando sempre no golpe final. Mas há uma ordem do Senhor: – Resistir a ele. O que o Senhor quer dizer é que, embora o diabo esteja furioso como leão que ruge e querendo devorar a quem possa encontrar, nós temos que entender que o leão se alimenta da carne, ele é carnívoro, é carnal e ele está procurando uma brecha e o Apóstolo Paulo escreve a respeito das obras da carne e dos frutos do Espírito. Os frutos do Espírito se iniciam com a busca do reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar. Haja o que houver, é primeiro o reino de Deus e a sua justiça e desfrute da promessa de que as demais coisas necessárias ao homem lhes serão acrescentadas. Então o Senhor mostra este quadro: o diabo ao derredor, mas Ele, o Senhor, o Grande Leão da tribo de Judá, já veio e foi apresentado por João Batista como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
O Cordeiro veio para morrer porque o homem estava debaixo de uma sentença de morte e Ele veio, Ele que é a vida se coloca no lugar do homem na sentença de morte. Quando o diabo se aproxima e quer entrar, o Espírito diz: “para, aqui não!” (grifo nosso). O Espírito arvora a bandeira contra ele. Mas não podemos ter essa bandeira a meio pau (meia altura no mastro), é luto. Nem arriada que é derrota. Ela tem que ser hasteada e proclamada como Moisés proclamou essa vitória dizendo: “... O SENHOR É Minha Bandeira” - Êxodo 17:15. A Igreja de Jesus tem que reconhecer a supremacia de seu Senhor. Tem que conhecer que o seu Senhor é o Supremo Poderoso Senhor, Leão da tribo de Judá, Aquele que proclamou: “... Toda a autoridade (PODER) me foi dada no céu e na terra.” Mateus 28:18. Ele é o Todo-poderoso. E é Esse Todo-poderoso, que desce na sublimidade, no carinho de uma ave no reino animal, uma ave como uma galinha. Ele diz lá em Betfagé, voltado para Jerusalém: Mateus 23:37 – “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!”
Ele está te visitando neste momento de leitura e reflexão.
De posse do conhecimento da supremacia de seu Senhor você também precisa tomar posse do reconhecimento que o poder de Satanás chegou ao fim na sua vida, na vida da Igreja. A Igreja de Jesus será arrebatada! Mas para isso, há necessidade de ter conhecimento do que produziu a queda. Primeiro, daquele que após cair, levou o primeiro homem à queda também: Lúcifer.
O que produziu a sua queda? Nós encontramos no livro do profeta Ezequiel, no capítulo 28:15-17.
1.º) Quis elevar-se acima de seu nível. Soberbo, arrogante, altivo. Ah! Essas coisas nós temos que banir de nossos corações. Precisamos entrar no fluxo natural da obra do Espírito. Lúcifer tinha todas as honras dadas por Deus, mas ele tentou ir além daquele nível estabelecido por Deus.
2.º) Ele corrompeu a sabedoria que Deus havia lhe dado e nós temos que conhecer esta sabedoria que Deus tem nos dado na revelação da palavra e começa o escritor lá de Provérbios, numa bela palavra dizendo que: “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria...” Provérbios 9:10, é temer a Deus e resistir ao diabo. É tomar posse daquilo que Deus quer nos dar e está nos dando e, com essa arma que é a Palavra de Deus, enfrentar os ventos contrários que vêm para impedir a nossa caminhada. Nada irá nos impedir. Se Ele é por nós, ninguém poderá impedir a nossa caminhada.
É chegado o tempo da última luta. Uma desesperada luta neste grande conflito. Contra quem? Contra Jesus, o Cristo de Deus, contra o Rei dos reis, Senhor dos senhores. Satanás arremessa-se contra os súditos de Jesus e esforça-se por inspirá-los com sua fúria a uma rebelião. Esse espírito de rebelião está sendo derramado sobre toda a terra, mas a Igreja de Jesus não pode estar olhando para esse espírito rebelde, porque já recebeu o selo do Espírito Santo.
Satanás adestrou suas faculdades contra Deus, isto é, ele se aperfeiçoou em todo o seu conhecimento contra Deus e tudo isso é levado contra ele, como uma suprema tortura. Ele é e se sente torturado, por isso está nesse espírito de derrota final.
O inimigo sabe que será derrotado, porém a sua natureza é extremamente má. Leva o povo a ficar contra aquilo que para ele é um terrível e máxima tortura: a paz, a harmonia, o amor de Deus que excede toda compreensão. É a pureza de espírito. O motivo desse grande rebelde e seu objetivo foi sempre justificar-se, acusando Deus, acusando o governo divino de ser o responsável por sua rebelião. Ele é o acusador de Deus. Ele é o acusador dos irmãos. Ele sabe que pouco tempo lhe resta. Ele não quer paz. Ele não quer que você tenha paz. Entretanto o Senhor continua dizendo através dos séculos: “... a minha paz vos dou...” – João 14:27. O Senhor é paz! Bendito seja o nome do Senhor!
O adversário é um ególatra, um egocêntrico. Quer ser o centro de tudo querendo para si as atenções. Não entende nada, porque tudo que é contra Deus está com ele. Tomou posse desse mundo derrubando o primeiro ser criado, puro, santo, imagem e semelhança de Deus. Esse grande rebelde incutiu no homem uma rebelião contra a Palavra de Deus e essa maldição tem atingido toda a raça humana. E para que não vivesse no pecado e sofresse eternamente, Deus tirou o homem do paraíso para que este não comesse da árvore da vida, debaixo de um salário, de uma sentença de morte que era do pecado. Até que enviou o seu Filho e Ele tomou o nosso lugar nessa sentença de morte.
Tudo diferente do diabo. Se ele ruge como leão, o grande Leão da tribo de Judá desce como Cordeiro de Deus. O Leão não é para ser morto; lá fora ele mata e se alimenta da carne. Jesus tomou aquele corpo de carne e morreu nela. Pegou a vida dessa carne, que é o sangue, e o derramou, dizendo a bíblia que sem derramamento de sangue não há remissão de pecado, porque é derramado o sangue que se morre e se cumpre então o salário do pecado, que é a morte. O Senhor toma essa sentença de morte, derrama o seu sangue, puro, santo, sem pecado, lava e purifica a todos e, cumprindo a palavra que diz que carne e sangue não herdam o reino de Deus. Ele derrama o seu sangue adquirido aqui e aqui o deixou para nos lavar e purificar. Subiu aos céus num corpo sem o sangue o qual foi substituído pela vida do Espírito. E já desfrutamos desse novo nascimento que Nicodemos, mestre em Israel, não entendeu. Mas você entende, porque sobre você paira a promessa do Senhor: “... Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios...” (Nicodemos) (grifo nosso), “... as revelaste aos pequeninos” – Mateus 11:25, o novo nascimento da Palavra e do Espírito.
Nessa conspiração final, Satanás sutilmente procura apresentar a falsidade em lugar da verdade. Há muita falsidade. Ele coloca em ação seu último esforço para destronar Cristo da sua posição. E que posição é essa? A que Ele ocupa em seu coração. Ele quer destronar Jesus Cristo do seu coração; do coração da Igreja! Não deixe, não permita como Herodes que se enganou pensando que Ele, Rei dos reis, Rei dos Judeus viria para ocupar o seu trono transitório. Ah! Que pena de Herodes! O Senhor jamais deixaria o seu trono de glória (e que nós veremos daqui a pouco) para ocupar um trono temporário, imundo, humano, de Herodes. Porém, Ele veio para ocupar esse trono que você tem dentro do seu coração. Esse trono que antes você andava no engano, pois enganoso é o coração do homem e por demasiadamente corrupto. É ali que dá a vida do sangue. E você agora tem essa vida do sangue, mas não é movimentado por essa vida do sangue, e sim pelo poder do Espírito que está em você. É o Espírito do sangue do Cordeiro de Deus. Ele está presente e você pode senti-lo!
Ah! Satanás está evidenciando o seu último esforço para tirar a Palavra da sua vida, para te desnortear. Esse arquienganador está para ser completamente desmascarado e a todos que o estão seguindo. Deixam e rejeitam ser o ramo da Videira Verdadeira, Jesus, para ser ramo da videira falsa, que é o diabo.
Todavia, a Videira Verdadeira está em nós, está à destra da majestade divina. Está em nós através do seu poderoso Espírito, que nos prepara para nos elevar ao céu. Diferentemente da videira falsa que são joios, os da Videira Verdadeira são trigos que serão recolhidos para cima. “Sobe aqui!” Deixe essa palavra ecoar em seu coração. Quando alguma coisa te tocar aqui em baixo, Ele está (ou estará?) te convidando: “Sobe aqui!” e entre no Santo dos Santos, porque esta mensagem retrata da subida das orações dos santos. Lúcifer foi e está para sempre inabilitado para o céu. O seu caráter é imutável. Entretanto, também imutável é o caráter de misericórdia do grande Leão, que é para nós o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Os que são inspirados pela funesta e mortífera ação satânica já estão vendo que não há paz em suas ações. Nós estamos vendo pais matando filhos, mães colocando crianças em micro-ondas. Criancinhas sendo estupradas. Há uma aberração, uma sodomia, uma miséria descontrolada, um grande conflito pairando sobre a terra. A Igreja de Jesus tem que estar em comunhão porque ela está atravessando a “meia-noite” e o Senhor vai retirá-la de repente dessa “meia-noite”. Mas há uma oportunidade para a Igreja. Os ímpios estão vendo que não há paz; que Satanás os tem enganado. O sofrimento está chegando a toda a parte. É hora da Igreja do Senhor lançar pela última vez as redes. É hora da última pescaria. Não pare. A noite está chegando e você nada mais poderá fazer para o seu ente querido, mas pode fazê-lo agora. Lance a rede! Entretanto, você poderia se perguntar assim: Mas eu tenho lançado a rede e não consigo pescar coisa alguma. Por quê? Essa rede tem sido norteada muitas vezes pelo “eu acho”; na verdade o ego está mandando. Existe aquele que nada quer sofrer. Quando passa a primeira luta, o diabo diz: Larga a Igreja! Começa então a ter comunhão com o diabo, com a raiva, com a ira. Não! Deixe a ira para o Leão da tribo de Judá; vamos ficar na mansidão do Cordeiro. Isso é importante! O Leão da tribo de Judá venceu para abrir o livro selado. Quando o Apóstolo João subiu ao céu viu o livro. Não o livro da vida, e sim o livro do Juízo de Deus. É o Leão da tribo de Judá que julgará ali agora. Só Ele fala! Diante do tribunal de Pilatos Ele foi como Cordeiro, não abriu a boca, todos falaram até massacrá-Lo. Mas agora, como Leão, só Ele fala. Ninguém no céu, na terra, nem debaixo da terra, nem nas águas da terra foi achado digno de sequer olhar para o livro, quanto mais abri-lo. João chorava. E ele disse: “e eu chorava muito, porque ninguém foi achado digno de abrir o livro, nem mesmo de olhar para ele”. – Apocalipse 5:4. Porém nesse momento um dos anciãos chega para João e diz: “... Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos”. – Apocalipse 5:5. O anjo não disse que Ele vai vencer, mas declara: “Ele venceu!” Ele é o grande vencedor! Venceu para abrir o livro e os sete selos.
O juízo aí está. Falaram contra Jesus no tribunal de Pilatos. Ele como cordeiro, como ovelha muda não abriu a sua boca, mas agora Ele abre. Agora é Ele que fala. Todos têm que se calar. Aqueles que estão com o diabo, quer não ouviram, quer não entenderam a palavra d‘Ele, se calam, só Ele fala. Contudo, hoje Ele ainda fala a você como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Aproveite essa riquíssima oportunidade.
João viu no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um cordeiro como tendo sido morto. Um cordeiro que foi morto, mas agora está vivo no céu. E é esse Cordeiro a nossa justificação. A vitória foi a sua morte na cruz do Calvário. Bendito o nome do Senhor! Então virão os sete selos da ira de Deus, contudo a Igreja de Jesus está guardada. Está em segurança no esconderijo do Altíssimo. Ele virá como Leão para os ímpios e continua sendo o Cordeiro para a Igreja de Jesus.
Isto posto, entremos na ação do Senhor como Cordeiro e Leão. Como Cordeiro, o Senhor levará para sempre o único sinal da maldição. Lá estaremos no céu. Quem proclamará, dizendo: eu fiz isso, eu fiz aquilo, por que não sou reconhecido? Só o sangue de Jesus tem poder! Pare com isso. A Bíblia diz que “... depois de haverdes feito tudo quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis...” – Lucas 17:10. Veja o exemplo do Apóstolo Paulo – e não do Saulo de Tarso, diante do trono: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.” – 2 Timóteo 4:7; tinha paz ao enfrentar a eternidade. Tenha paz! A morte pode chegar a você. Ultrapasse o último momento com confiança nas misericórdias do Senhor. Tenha paz! Não aceite a guerra do adversário, esse grande ególatra, egoísta e egocêntrico.
Pois bem, esse cordeiro levará o único sinal de maldição. Essa maldição extirpada, destruída sobre a cruz. Veremos lá no céu em sua fronte, os ferimentos dos espinhos, flancos em suas mãos e nos pés. As marcas ali estarão. Os únicos vestígios da cruel e mortífera obra que o pecado efetuou na minha e na sua vida e Ele as tirou. Ali é o esconderijo do Altíssimo, conforme lemos em Habacuque 3:4. O grande Leão como Cordeiro, usando o seu supremo poder para fluir, sair do esconderijo de suas mãos, de seu lado ferido, a sua bendita graça. Sabe o que o Senhor me revelou? É que no céu, por mais que se tenha feito aqui na terra, diante dEle não será lembrado de nada do que se fez. Ninguém poderá vangloriar-se, porque estaremos completamente sem defeitos, completamente sem marcas. Somente Ele continua com as marcas, com os sulcos da violência do pecado que levou sobre si. Então para sempre estaremos olhando para Ele e dando Glória a Deus pois ninguém jamais foi como Ele. É merecedor de toda a nossa adoração.
Entremos nesse momento em espírito de adoração. Adore-O, adore-O. Entre nesse esconderijo, dessas feridas. Feridas do Leão Cordeiro, Cordeiro de Deus, o qual é também o mesmo Leão da tribo de Judá. Podemos sentir a glória do nosso Salvador que é poderoso para salvar. Ele fez dos sinais de sua humilhação a sua mais elevada honra e glória!
Os ferimentos do Calvário é que proclamam o louvor e declaram o seu poder que se aperfeiçoa na fraqueza. Vivemos um grande conflito. É hora de entender a evidência, que longe de ser a rebelião, um ato de nobre independência e vida, é sim escravidão, ruína e morte eterna. A independência de Deus é muito parecida com a proclamada por Dom Pedro I, quando disse: “Independência ou morte!” A independência de Deus é independência e morte; é rebelião. Como Cordeiro foi coroado com uma coroa de espinhos, condenado por aqueles que ostentavam uma coroa de ouro corruptível, fundamento político e religioso e os sacerdotes que desviados pela própria cobiça empregaram a tortura, a masmorra, a fogueira para dominar a consciência do povo; queimaram bíblias.
Como Leão da tribo de Judá, devolveu para Satanás todos os nossos pecados, nos arrebatará da “meia-noite”. Foi o que fez suas declarações ao profeta Habacuque no capítulo 3, que o sol aparecerá resplandecente em toda a sua força para os servos de Deus. Como Leão da tribo de Judá Ele fará cair a grande Babilônia. “Caiu, caiu a grande Babilônia!” – Apocalipse 18:2. Exercerá o juízo e com o seu povo e para o seu povo, Ele, Jesus, o Leão da tribo de Judá, será sempre o Deus Cordeiro Eterno. Receba agora, o recurso para enfrentar esse grande e último conflito.
Ele é o único digno para abrir o livro com os sete selos de julgamento e diz: “Eu não vim para julgar, condenar, mas para salvar” (grifo nosso). Neste período, a porta da Graça estará fechada. O julgamento chega para os ímpios, mas para nós virá como o sol da justiça trazendo salvação debaixo das suas asas. E como Habacuque diante de tudo o que está acontecendo, você tem um particular com Deus
Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, – Habacuque 3:17 (está mentindo, através das falsas religiões, através daquilo que sai da palavra, mente). O caos está por toda a parte. No entanto, você tem a paz que não pode ser tirada, a alegria que foi dada para sempre, “todavia”, diz o profeta, “... eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação!” – Habacuque 3:18. Adore a Deus por ser um salvo! Sentiu o milagre na sua vida? Sentiu essa glória? Então glorifique a Deus.
Do Calvário, no véu da sua carne foi aberto um caminho. O novo e vivo caminho para a comunhão com Deus. Bendito o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! Que bênção ter o Cordeiro de Deus no trono! Ele diz para o Pai: “... dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também venci e me sentei com meu Pai no seu trono.” – Apocalipse 3:21. E Ele diz a Felipe: “Eu e o Pai somos um.” – João 10:30. Ele sai da condição de Filho e entra na de Pai e nós tomamos posse para sempre da posição, ao lado dEle, onde Ele esteve como Filho do Altíssimo, como Filho de Deus.
“Ele me abriu a porta, e me reconciliou...” (Harpa Cristã).
Como você está? Um perdedor? Seja um vencedor; tendo vida! E é morrendo que vivemos. Não viva para morrer, morra para viver! Em breve será para sempre, não mais o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, mas o Deus Cordeiro para nós, para sempre o Deus Cordeiro. Oh! Como Paulo pode entender isso: “Jesus Cristo é o único Deus”, e João: “Jesus Cristo é o verdadeiro Deus”. Está sentindo essa bênção? Não permita que esse grande conflito mude a sua posição. Não permita que esse arquienganador, usurpador te leve à rebelião. Aprenda de Jesus, manso e humilde, porque com Ele, Cordeiro de Deus e humilde, você estará com Ele como o Leão da Tribo de Judá, vivo para sempre. Receba do Senhor a paz. Receba do Senhor agora o reforço espiritual para romper o grande conflito final, fiéis ao Cordeiro de Deus que venceu e é o grande vencedor. Amém!
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