Reflexão Sobre o Patriarca Jó – Submissão a Deus
Amados, não permitamos que a nossa vontade para submissão seja um processo, mas um ato definitivo, realizado de uma vez para sempre, e, como tal, satisfazendo a Deus.
Sigamos o exemplo do patriarca Jó que, num só dia, tornou-se um homem arruinado. Ele não sabia da vontade permissiva de Deus, todavia, após perder as riquezas e os filhos (Jó 1:13 19), sua reação foi: “... então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, raspou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei. O senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!” – Versículos 20 e 21.
O segundo assalto de Satanás foi contra a saúde de Jó, atacando-o com tumores malignos desde a planta dos pés ao alto da cabeça. Jó, sentado em cinza, tomou um caco para com ele raspar-se, provocando o descontrole total de sua mulher, levando-a a uma nefasta reação contra Deus, sugerindo que Jó amaldiçoasse a Deus e morresse. Novamente, Jó resiste, não pecando com os seus lábios – Jó 2:1.
Finalmente, foi abandonado pelos amigos que o acusam de pecado. Contudo, no capítulo 17:3, encontramos algo maravilhosíssimo: “Dá-me, pois, um penhor, sê o meu fiador para contigo mesmo”.
Em Jó 42:5-6, já completamente esvaziado, no “ponto zero”, viu, como pela revelação, Jesus, e, como não se rebelou, pôde experimentar a vitória, o coroamento das provações – Jó 42:10.
Sábio é aquele que usa o seu vaso de prata como se fosse barro. Não menos sábio é aquele que usa o seu vaso de barro como se fosse de prata.
O interior de Jó se fortalecia, enquanto o exterior se corrompia.
Amigos inconvenientes - Sem misericórdia - Não conheciam a Deus.
Os amigos de Jó argumentaram que, sendo o sofrimento o resultado do pecado, e sendo Jó o mais aflito dos homens, ele deveria ser o mais ímpio de todos.
Jó não havia pecado até a visita dos inconvenientes amigos. Estes, após condoerem-se dele e consolá-lo, sentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; sem dizer palavra alguma, pois viam que a dor era muito grande. Eles não souberam entender o lamento de Jó e passaram a acusá-lo. Jó, indignado, contra-argumenta os amigos acusadores, que, sem amor e discernimento, atormentam o servo de Deus, profetizando pecado não existente, julgando-o impiedosamente. O próprio Senhor os acusou de erros – Jó 42:8.
Há algum tempo, passei por experiência semelhante, quando alguém desejou infringir a uma pessoa amada da minha família, sofrendo há muitos meses de dores, pecado oculto, e querendo se colocar como Deus, e, Deus vingador e não misericordioso. O sangue de Jesus tem poder. Como é fácil julgar e bem mais difícil ajudar o sofredor em oração e até com recursos necessários.
O único erro visível de Jó foi defender-se das acusações, usando a justiça própria. Por mais justo que seja o homem, não tem o direito de exigir coisa alguma de Deus, porque todos os homens são pecadores ante Seus olhos. Satanás trabalha nos extremos. Insinua que um homem é pecador, devido aos seus sofrimentos.
Ao caluniar Jó, Satanás também ataca a Deus, porque suas palavras insinuam que Deus não pode desfrutar o amor desinteressado da parte do homem. Satanás acusa Jó, dizendo que ele só serve a Deus por conveniência. Jó viveu a confiança que Deus tinha nele. Vivamos assim.
Conclusão Sobre o Livro de Jó
Jó 42:7 – A ira do Senhor sobre os amigos de Jó.
Jó 42:10 – Mudou o Senhor a sorte de Jó quando este orava pelos seus amigos.
Jó 42:5-6 – Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem. Por isso me abomino, e me arrependo no pó e na cinza.
Com a humilhação de Jó até o “ponto zero”, fica excluída para sempre qualquer ideia de sustentar os próprios méritos, sob qualquer providência de Deus. Em tudo dai graças.
O Maior Exemplo de Humilhação
Filipenses 2:7 – “Antes a si mesmo se esvaziou assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário